quarta-feira, 9 de março de 2011

A descentralização, a democratização da gestão escolar e a construção da autonomia da escola

     Grupo 4

     Como paradigma, é uma visão de mundo que permeia todas as dimensões da ação humana não se circunscreve a esta ou áquela área, a este ou áquele nível de operação. A realidade atua como um conjunto de peças de dominó colocadas em pé, lado a lado; essa situação ilustra a compreensão da realidade como um sistema.daí por que todos os conceitos seriam inter-relacionados.
     Muito embora as concepções de descentralização, democratização da gestão escolar e autonomia da escola sejam parte de um mesmo corolário, encontramos certo sistemas que buscam o desenvolvimento da democratização da gestão escolar, sem pensar na autonomia  do estabelecimento de ensimo e sem decentralizar o poder para a mesma. Por outro lado, ainda, observa-se o esforço de alguns sistema de ensino, no sentido de desenvolvimento nas escolas os conceitos de democratização e autonomia,de modo centralizado, o que implica uma contradição paradigmática muito comum, que faz com que os esforços se anulem.
     Em consequência, é possível identificar certa diversidade de orientações e expressões que manifestam graus de intensidade diferentes em relação ao seguimento dos paradigmas. É em função disso que podemos afirmar que vivemos em uma condição de transição entre um paradigma e outro, de que resultam algumas tensões e contradições próprias do processo.
     O processo de descentralização

     Por que hoje há tendência à descentralização? Conforme Ana Luiza Machado (1999, p. 86), é porque o mundo passa por mudanças muito rápidas. Na verdade, a globalização coloca cada dia um dado novo, cada dia, uma coisa nova. Então, isso gera a necessidade de que o poder decisório esteja exatamente onde a coisa acontece.
     O movimento de descentralização em educação é internacional e está relacionado com o entendimento de que apenas localmente é possível promover a gestão da escola e do processo educacional que promove altamente dinâmico, qualquer esforço centralizado e distante estaria fadado fracasso, como de fato, tem-se verificado.
     É preciso reconhecer que a descentralização tem sido praticada tendo como pano de fundo não apenas essa perspectiva de democratização da sociedade, mas também a de promover melhor gestão de processos e recursos e, ainda, como condição de aliviar os organismos centrais que se tornam sobrecarregados com o crescimento exponencial do sistema educativo e a complexidade das situações geradas.
     "O Estado devolve (para as escolas) as táticas, mas conserva as estratégias, ao mesmo tempo que substitui um controle diretom centrado no respeito das normas e dos regulamentos por um controle remoto, baseado nos resultados" (Barroso 1997. p. 11).
     A descentralização da educação é, por certo, um processo extremamente complexo e, quando se considera o caso do Brasil, a questão se complexifica ainda mais, por tratar-se de um País continente, com diversidades regionais muitos grandes, com distâncias imensas que caracterizam, também, grande dificuldade de comunicação.
      A descentralização educacional não é um processo homogêneo e praticado com uma única direção. Ela responde à lógica da organização federativa. Como se trata de um processo que se refere à transferência de competências para outros níveis de governo e de gestão, do poder de decisão sobre os seus próprios processos sociais e os recursos necessários para sua efetivação, implica existência ou construção de competência para tanto, daí porque a impossibilidade da homogeneidade apontada.
     É em decorrência de tal situação que, em muitos casos, pratica-se muito mais a desconcentração do que propriamente a descentralização, isto é, realiza-se a delegação regulamentada da autoridade.
     A desconcentração, pois, parece ser mais o caso praticado no Brasil em nome da descentralização estando no entanto esse movimento se conduzindo para uma descentralização mais plena. O que vem ocorrendo na prática educacional brasileira e o deslocamento do processo decisório do centro do sistema para os níveis executivos mais próximos aos seus usuários.
     A municipalização do ensino e a escolaridade da merenda são práticas vem-sucedidas nesse sentido.
     A descentralização é, pois, um perocesso que se delineia, á medida que vai sendo praticado, constituindo, conforme indicado por Malpica (1994), mudanças nas relações entre o sistema central pela redistribuição de poder, passando em consequência as ações centrais de comando e controle, para coordenação e orientação (descentralização política); pela abertura à autodeterminação no estabelecimento de processos e mecanismos de gestão do cotidiano escolar e de seus recursos e de suas relações com a comunidade (gestão administrativa e financeira). Ainda, conforme apontado por Parente e Lück (1999), conduz a escola à construção de sua identidade institucional, constituída pela formação da capacidade organizacional para elaborar seu projeto educacional (descentralização pedagógica), mediante a gestão compartilhada e a gestão direta de recursos necessários à manutenção do ensino. Portanto, construindo sua autonomia.

Maura Maria Alves
Fernanda Brito 
Karla Patrícia
Marcos
     

domingo, 6 de março de 2011

Vídeo - Oração da Escola

TEMA 3.1 : TRANSIÇÃO DE UM MODELO ESTÁTICO PARA UM PARADIGMA DINÂMICO

Os sistemas educacionais, como um todo, faz parte de um contexto socieconômico-cultural marcado não só pela pluralidade, como pela controvérsia que vêm, também, a se manifestar na escola. Ela abrange, portanto, a dinâmica das interações, em decorrência do que o trabalho, como prática social, passa a ser o enfoque orientador da ação de gestão realizada na organização de ensino. A escola e seus dirigentes se defrontam com a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, habilidades e atitudes para o que não dispõem mais de modelos e sim de concepções. Um novo paradigma emerge e se desenvolve sobre a educação, a escola e sua gestão. Em decorrência da situação, muda a fundamentação teórico-metodológica necessária para a orientação e compreensão do trabalho da direção da escola, que passa a ser entendido como um processo de equipe, associado a uma ampla demanda social por participação. Essa mudança de consciência está associada à substituição do enfoque de administração, pela de gestão, não se trata de simples mudança terminológica e sim de uma fundamental alteração de atitude e orientação conceitual. A partir de tais pressupostos, emerge o entendimento de que os professores equipe técnico-pedagógica, funcionários, alunos, pais, comunidades, todos, não apenas fazem parte do ambiente cultural, mas formam e constroem, pelo seu modo de agir, em vista do que, de sua interação dependem a identidade da escola na comunidade, o seu papel na mesma e os seus resultados. A mudança de consciência implica o reconhecimento desse fator participantes do processo escolar, de sua compreensão ao seu papel em relação ao todo.
Um diretor de escola é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar-lhe unidades e consistência, na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos. Que em suas ações localizadas tenha em mente o conjunto todo da escola e seu papel educacional, não apenas imediato, mas de repercussão no futuro, em acordo com visão estratégica e com amplas políticas educacionais. É no contexto desse entendimento, que emerge o conceito de gestão escola, que ultrapassa o de administração escolar, por abranger um serie de concepções não abarcadas por este outro, a compreensão de que a mudança de processos educacionais envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e nos sistemas de ensino. E a partir dessas questões que conceitos como descentralização, democratização e autonomia da escola se tornam não apenas importantes, mas imprescindíveis.
5º PERIODO : Ismênia, Waldirene , Cárita , Jéssica

TEMA 3 : MUDANÇA DE CONCEPÇÃO DE ESCOLA E IMPLICAÇÕES QUANTO À SUA GESTÃO


A mudança mais significativa que se pode registrar é do modo como vemos a realidade e de como dela participamos. A mudança de paradigma é marcada por uma forte tendência a adoção de concepções e práticas interativas participativas e democráticas, caracterizadas por movimentos dinâmicos e globais.
Não apenas a escola desenvolve a consciência, como a própria sociedade cobra. A escola se encontra no centro de atenções e reconhece que a educação constitui grande valor estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade. No interesse de grupos e organizações, se tem o sentido de colaborarem com a escola, constituindo nessa área um campo fértil para realização de parcerias em prol da educação, um grande desafio para os gestores escolares, por exigirem deles conhecimentos e habilidades.
Dada a complexidade da educação não vista como responsabilidade exclusiva da escola, a própria sociedade já não esta mais indiferente ao que ocorre nos estabelecimentos de ensino. Não apenas se exige que a escola seja competente mas, se dispõem a contribuir a realização dos processos.
O modelo de direção da escola era o de diretor tutelado dos órgãos centrais, sem voz própria, dês-responsabilizado dos resultados de suas ações, seu papel era o de guardião e gerente de operações estabelecidas em órgãos centrais. Seu trabalho era dirigir a escola, de acordo com as normas propostas pelo sistema de ensino. O entendimento que sustentava a homogeneidade era o de que o participante da escola deve estar disposto a aceitar os modelos de organização estabelecidos e agir de acordo com eles. A dissociação entre direito de uns e deveres de outros, ao perpassar a sociedade como um todo, produz na educação diretores que não lideram e professores que não ensinam, alunos que não aprendem, todos esperando uns de outros (que o outro faça alguma coisa para resolver os problemas no sistema de ensino) .
A realidade é regular ,estável e permanente, sendo dada em caráter absoluto, em vista do que os sistemas de ensino e as organizações escolares não se diferenciam significativamente entre si, cabendo a todos a mesma forma de atuação em suas comunidades.
Mediante a orientação dos pressupostos, resultou uma hierarquização e verticalização do sistema de ensino e das escolas. Os problemas recorrentes seriam sobre tudo encarados como carência de insumos, em desconsideração a falta de orientação de seu processo e dinamização da energia social necessária para promovê-lo.

5º PERIODO : Ismênia, Waldirene , Cárita , Jéssica .